REPORTAGEM DO JORNAL VALOR ECONÔMICO A RESPEITO DOS ELEVADOS SALÁRIOS PERCEBIDOS POR DIRIGENTES DE GRANDES EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO, EM CONTRAPONTO AOS BAIXOS VENCIMENTOS DOS PROFESSORES NO ESTADO DE SÃO PAULO

CÂMARA DOS DEPUTADOS – DETAQ Sessão: 077.1.54.O Hora: 15h30 Fase: PE Orador: CARLOS ZARATTINI, PT-SP Data: 19/04/2011 Sumário Reportagem do jornal Valor Econômico a respeito dos elevados salários percebidos por dirigentes de grandes empresas brasileiras de capital aberto, em contraponto aos baixos vencimentos dos professores no Estado de São Paulo. O SR. CARLOS ZARATTINI (PT-SP. Sem […]

19 abr 2011, 08:00 Tempo de leitura: 1 minuto, 35 segundos

CÂMARA DOS DEPUTADOS – DETAQ

Sessão: 077.1.54.O Hora: 15h30 Fase: PE
Orador: CARLOS ZARATTINI, PT-SP Data: 19/04/2011

Sumário

Reportagem do jornal Valor Econômico a respeito dos elevados salários percebidos por dirigentes de grandes empresas brasileiras de capital aberto, em contraponto aos baixos vencimentos dos professores no Estado de São Paulo.

O SR. CARLOS ZARATTINI (PT-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, destaco reportagem do jornal Valor Econômico de ontem a respeito de pesquisa mostrando que os dirigentes das maiores empresas de capital aberto do Brasil receberam, em média, 1 milhão, 860 mil reais por ano, o que representou um aumento de 36% sobre o ganho médio de 2009.

Entre as empresas que pagam melhor seus executivos estão o Itaú Unibanco, que paga 14,4 milhões; em seguida, a OSX, fabricante de navios, 13,3 milhões, e a HRT, empresa de petróleo, que paga 11,6 milhões. Trata-se de supersalários.

Quero contrastar tais supersalários com o salário dos professores do Estado de São Paulo, que recebem, em média, 22 mil reais por ano, ou seja, 82 vezes menos do que os dirigentes das grandes empresas brasileiras, para cuidar de 4 milhões, 862 mil alunos, em 5.610 escolas. O resultado desse baixo salário é a nota dos alunos: no primeiro ano do ensino fundamental, 5,4; no segundo ano, 4,3 e, no ensino médio, 3,6.

Sr. Presidente, veja como se paga mal aos professores no Estado de São Paulo! Gasta-se por ano na educação em São Paulo 28,3 bilhões, menos do que 10 vezes o que se paga aos dirigentes das grandes empresas, que é 3,29 bilhões.

Portanto, fico até estarrecido com alguns Deputados que reclamam do piso salarial nacional para professores. Não vamos avançar no Brasil enquanto se pagar milhões e milhões aos dirigentes das grandes empresas nacionais e uma miséria aos professores brasileiros.
Muito obrigado.